28 julho 2011

Vivendo no parque de sonhos



Quase chegando o dia de sair da minha vida de verdade e partir novamente à de brinquedos e sonhos. Como em um parque de diversões no qual surgem lágrimas perdidamente a escorrer pela face, algumas vezes de felicidade, outras de saudade...
E quem já não sonhou acordado um dia ou viveu a sonhar enquanto dormia pela vida?
Certamente não sou e não serei sempre a única; contudo serei para mim especial, principalmente frente àquele pequeno ser de grandes olhos castanhos que tanto admira o que sou somente pelo fato de ser e estar ao seu lado como mãe.
E não só eu, todos são especiais, todos são únicos em algo, embora inúmeros em outro algum qualquer.
E assim seguimos... Esperando a vida passar para continuar a sonhar?
Não! Passando, passeando e brincando no parque dos sonhos em parceria com a vida... Dormindo ou acordados, estaremos sempre fazendo de cada dia um brinquedo daquele parque de diversões que visitamos em um domingo de infância. Brinquedo com ou sem emoção, com ou sem susto, com ou sem sorrisos. Dependerá unicamente de nós.
Hoje, não sei quanto a você, mas meu brinquedo traz um pouco de medo. E gosto de sentir medo misturado à emoção e a felicidade. É como se estivesse realmente viva, apesar de ainda estar sonhando!
(Jôze Paiva)

26 julho 2011

Leite-amor



Alimentação de bebê não é por eles escolhida. É escolha alheia. Um alheio que pode mudar uma vida e variar o pequeno, indefeso e especial ser bebê em instantes. Pode fazer...
...mal ou BEM!
...chorar ou SORRIR!
...calar ou BALBUCIAR!
...fechar ou os olhos ABRIR!
...estacionar tamanho ou CRESCER!
...do que se come vai depender! Depende do que filho come, do que mãe ingere, pois bebês precisam de aleitamento materno nos primeiros seis meses, necessitam de inclusão de alimentos saudáveis a partir do sexto mês de vida (frutos, sucos, papinhas salgadas sem gordura ou produtos artificiais) e mais que isso, é essencial que a mamãe, de primeira ou muitas viagens, viajando de pára-quedas ou de balão, saiba que seu pequeno protegido depende de muito mais que banhos e trocas de fraldas e se informe para saber o que fazer nas horas meio incertas que sucedem o parto. É o saber principalmente que sua alimentação também importa enquanto amamenta. E como importa! E, portanto, passar a modificar antigos e estabelecidos hábitos alimentares, evitar certos alimentos (café, pimenta, repolho, refrigerantes, frituras, produtos artificiais dentre outros), precisa priorizar outros (água e líquidos em geral, refeições coloridas e diversificadas para proporcionar maior quantidade de nutrientes).
Isso tudo porque, se a mamãe passa constantemente amor ao seu filho, passa também nutrientes através do leite materno. E certamente é aconselhável que sejam os melhores nutrientes possíveis para que aquele amor possa valer a pena e ser bem aproveitado quando uma criança um dia vier a correr saudável nas campinas próximas.
Ser mãe não é padecer no paraíso como muitos dizem. É uma dádiva que faz viver mais a cada dia neste paraíso infantil tão belo e doce! Doce paraíso, doce mundo, mas preferencialmente sem doces em excesso durante as refeições, antes ou após.
E quem não é, conhece quem seja. É responsável também, pode ser participativo no bom desenvolvimento de uma criança. Então, se tiver informações a dar ou mesmo orelhas a puxar, não pense duas vezes antes de fazer isso.
Um dia, um adulto crescido agradecerá. E, se não agradecer, nos seus olhos você verá o reflexo da gratidão própria por ter feito sua parte, pela boa ação escrita em letras douradas no seu destino.

25 julho 2011

Nada além do que quis



O que mais importaria ao final de tudo senão ter vivido como se quis?
Somente ter amado e ter sido amada grandiosamente, ter sido bondosa e benevolente, ter estado em muitos lugares e em lugar algum, ter estirado a mão e aceitado acalento, ter sido única, excêntrica ou quieta, ter gritado ou calado, ter estado como vitoriosa, ter amadurecido com a lição da derrota, ter visto pássaros e roçado em flores, ter voado em barcos ou navegado em aviões, ter sorrido como e com uma criança, ter agradecido algo de coração, ter pedido ou aceito desculpas, ter cantado ou dançado algum dia, ter visto estrelas na madrugada, ter tomado banho de chuva ou de sol e finalmente e, dentre tantas outras maravilhosas situações presentes em uma vida, afinal, escolha após escolha, acertando à sua maneira , ter sido da forma que quis...
E não importa qual forma seja esta ao final de tudo, nada importa além de ter vivido como se quis!
(Jôze Paiva)

Anjos



Sabe o que há de mais belo nos anjos? A capacidade de subir sempre, com ou sem asas, e fazer elevar também a alma dos que os rodeiam. E a tristeza vem, mas ela vai... E que vá ou que fique no chão enquanto somos arrebatados pelo anjo que há em nós, enquanto nos deixamos imaginar que, no fundo, embora apenas nos sonhos, somos também anjos!
(Jôze Paiva)

Um ruído conduz



Um rumor alcança meus ouvidos. Rumor interno de prece, de súplica... Implora paciência e perseverança ao mesmo tempo que define positividade, que expande minha capacidade de estar bem, de ser quem verdadeiramente sou, apesar dos conflitos internos e externos.
Ruído ameno, porém gritante. Esvoaça meus cabelos quando passa. Despe as angústias, reafirma e faz recordar a pessoa que nasci para ser. Faz com que eu empurre a mim mesma em alguma direção que talvez tenha esquecido por instantes.
Alma leve, sorriso leve, pensamentos fluentes, claros, personalidade persistente diante das dificuldades. O ruído que grita em mim resgata essência que o cotidiano tenta roubar sorrateiramente, dia após dia.
E eu ouço sem saber porque simplesmente por ter certeza da procedência. É o som íntimo meu, ondas que vêm de mim, por mim.
Surge um rumor sempre que a vida ameaça me fazer esquecer quem sou e, com os cabelos ainda desalinhados pelo sopro do que ainda me leva a continuar a ser quem sou desde o berço, ergo a cabeça, fecho os olhos e sigo sempre em frente, sigo escutando sem ouvir, sigo com aquele eu que novamente desabrochou e desabrocha sempre que algo ameaça fazê-lo partir.
(Jôze Paiva)

23 julho 2011

Primeiro selinho recebido!



Este selinho foi indicado pela Sheila do acalanto.com. Fico satisfeita em saber que algumas pessoas gostam de ler o que posto. Saibam que é de coração, por um motivo ou outro...
Como manda o figurino, indicarei 5 blogs que também receberão o selinho, desta vez encaminhado por mim. Muitos blogs me encantam pela capacidade informativa, pela possibilidade de me fazer sonhar ou pelas dicas que sempre me auxiliam. Só poderei indicar 5 agora, mas há outros que certamente serão recompensados em listas futuras pelas escritas formidáveis.

1- Scape Break no endereço http://scapebreak.blogspot.com
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2- Doce inferno pessoal no endereço http://umpoucodoce.blogspot.com
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3- Mulher de 30 no endereço http://mulhertrinta.blogspot.com
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4- Recomeçar no endereço http://euemmim-recomecar.blogspot.com
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5- Let It Be no endereço http://deixaaser.blogspot.com
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Regras:
Postar o selinho no blog para que todos possam ver o quanto seu blog é show;
Indicar 5 blogs que você acha que são show;
Notificar ao blog.

Ora eu, ora você



"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, eu não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar.
(Caio Fernando Abreu)
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E quantas situações há nas quais precisamos remar! Remar sem cessar, sem fatigar a vontade de estar sempre junto independente se em um avião a jato ou em um barco furado... Porque mesmo após afundar ainda poder-se-á nadar junto. E outro barco poderá surgir ao chegar da aurora! Então, um dia entrei neste barco, entramos. Remamos, permanecemos remando até hoje. Descobrimos que os furos nem são grandes, não são capazes de nos afundar. E continuaremos juntos, lado a lado, seguindo em frente, remando incansavelmente, enfrentando sol, chuva e tempestades juntos, sentindo o vapor suave do vento: juntos! Ambos segurando o barco nos braços às vezes. Ora eu, ora você...
(Jôze Paiva)


21 julho 2011

Entrelinhas de mim



Muitos e muitos não se importam com o silêncio alheio, consideram-se sem tempo para desvendar o que não é falado. E vão-se os pedidos de socorro, esvaem-se as tentativas gritadas nos olhares, desaparece nas entrelinhas balbuciadas o que realmente somos!
Infelizmente...

Na minha vida quero aqueles que verdadeiramente me compreendem.
Os que lêem os gestos,
E respondem olhares...
Somente quem for capaz de responder
A pergunta não perguntada,
O questionamento que não foi questionado,
Sem também dizer qualquer palavra!
Quem comigo puder dançar
Ao som inaudível da palavra invisível.

Ao lado destes serei quem realmente sou porque, ao entender os mistérios dos abismos que são os espaços entre uma palavra dita e outra, tornarão explicitas as letras que guardo apenas no olhar ou no palpitar do coração! E estes, embora poucos, existem!
Felizmente...

Duvido e ainda aconteço



"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." (William Shakespeare)

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Difícil dizer que viveremos e teremos sempre certeza sobre tudo o que nos rodeia. A dúvida existe, ela não vai deixar de aparecer vez ou outra, seja no aspecto pessoal ou profissional. E ela pode trazer consequências positivas ou negativas, a depender da forma como se lida com ela.
É possível ter dúvida e deixar de arriscar, ter um medo consequente que impede os pés de darem mais um passo...
É possível ter dúvida e mesmo assim seguir em frente, não desistir, vencer o medo que surge, para ver o que, enfim, acontecerá...
Eu decido o que farei com minha dúvida. Ela pode me fazer retrair, mas pode me impulsionar e levar longe do espaço que meus olhos podem alcançar. Estou em dúvida agora... E vou decidir, não vou me deixar escolher. Decido arriscar, afinal, é melhor sentir nos lábios o sabor da coragem que reside no fato da pessoa conseguir enfrentar o medo e a dúvida do que passar o resto da vida imaginando o que teria sido se tivesse tentado. Recuso-me a passar o resto dos meus dias sem saber o sabor poderia haver na tentativa, mesmo que apavorada!
"Duvido e nem por isso deixo de acontecer."
(Jôze Paiva)

19 julho 2011

Há pedaços plagiados do MEU Mundo



Muito triste ver alguém surrupiar devagarinho uma ideia, uma palavra, uma frase sem ao menos se preocupar em colocar os devidos créditos.
Dizem que tudo na vida tem um lado ruim e esse é o lado ruim dos blogs: encontrar pelo caminho pessoas que não possuem bom senso para se dar conta de que o que não foi criado deve ser creditado.
Se é simples copiar frases ou textos, porque torna-se difícil transcrever também autoria?
Não resolve falar a quem não tem ouvidos, nem ouvir de quem não quer falar, muito menos procurar respeito de quem não tem escrúpulos, mas somente ficaria tranquila após pensar em voz alta que pedaços do meu mundo, são do MEU mundo e não do seu!
Se quer levar um pouco de mim, porque pelo menos não leva também o nome para lembrar-se que as letras agrupadas foram tecidas pela minha linha e agulha?

.......DIVULGUE, NÃO COPIE OU ALTERE!.......

Hoje é domingo!



Cismei que é domingo. Ponto. Nada que faça mudar de opinião, afinal, ainda estou de férias. Se estou de férias, com dias despovoados de ocupação, por que a semana tem que passar como outros querem e não como eu definir?
Não, não tem que fugir ao meu controle. Nas férias, eu decido. Se os dias estão desocupados, ocuparei-me em alterar a sua ordem na semana, ficarei horas inventando novos nomes, pensando nos velhos que hoje são atuais e mesmos amores. Me deixarei levar pelas canções mais suaves, pelo violão tocado na escada e pelas batidas pesadas se assim tiver vontade. Quem disse que não?
Após o findar das férias, todos os dias serão segundas-feiras, independente de serem ou não domingo, não haverá folga para sonhar acordada, nem dormindo porque difíceis serão as noites livres para deitar, dormir, sonhar...
Aproveitarei os dias de férias, então, para ditar as minhas regras, as que gosto de cumprir; contudo, há uma dúvida: se hoje, terça-feira, é domingo, que dia será amanhã, após a badalada da meia-noite?
Será domingo também! Ponto! Regra minha, cumprida, regra da felicidade de férias!
Férias de muitos dias claros ou escuros para aproveitar como queira, para sair e brincar com flores, para ficar e assistir filmes com pipoca, para dançar na chuva sozinha, para correr com criança na praça e deitar com amado na cama. E assim será enquanto do comércio não precisar, enquanto o banco não me solicitar, enquanto a vida eu puder parar, sem parar.
Domingo e ponto!

Pouco mais



Um pouco mais de cor
Àquela arte
Um pouco mais de aroma
Àquela flor
Um pouco mais de movimento
Àquele pássaro
Um pouco mais de vento
Àquele barco
Um pouco mais de lua
Àquela noite
Um pouco mais de brilho
Àquele vaga-lume
Um pouco mais de som
Àquele rio
Um pouco mais de luz
Àquele sombrio.
Um pouco mais de esperança
Àquela criança
Um pouco mais de papel
Àquela caneta
Um pouco mais de orvalho
Àquela planta
Um pouco mais de mim
Àquela vida!
(Jôze Paiva)

17 julho 2011

Máscara



Diga, quem você é me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida

Tira, a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro, jeito de ser

Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer, consciente, inconsequente
Sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você

Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja...

Tira, a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro, jeito de ser

Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer, consciente, inconsequente
Sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você

Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja...

O meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igual
Ao meu tamanho, não é igual
Ao seu caráter, não é igual
Não é igual, não é igual, não é igual

Diga quem você é, me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida
E o importante é ser você

Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você

(Pitty)

15 julho 2011

Homem? Hoje também é dia!



E começa um novo dia! Após o dia que foi determinado há pouco tempo como "Dia do Homem", irá amanhecer não outro, mas um mesmo sol afinal, motivo pelo qual não fiz homenagem honrosa ontem.
Dizem que mães têm um dia especial dedicado a elas; contudo são mães em todos os dias, são especiais nas vinte e quatro horas de cada dia, todos os dias são delas. Ouvi falar que, embora com dia exclusivo às mulheres, estas precisam ser consideradas especiais sempre, independente do mês ou semana, pois um só dia não seria suficiente.
Homens não são menos especias. Possuem agora também uma data comemorativa no calendário, mais uma que pode ainda não significar tanto em termos de festividades, mas um significado não deve ser esquecido entre tantos aos quais esta data pode reportar: há agora um número, mas todos os dias são também deles, dos homens.
Seres que, apesar de considerados pertencentes ao sexo "forte" são tão ou mais frágeis que as mulheres e sua força está em justamente conseguirem transformar sua fragilidade em fortaleza diante das situações adversas do dia-a-dia.
Homens não são imortais. Poderiam ser, é certo, mas não o são. Há, entretanto, um encantamento tímido na sua capacidade de ser mortal e nem assim conseguir deixar de existir perante as mulheres que os amam de alguma forma.
São especiais, tanto quanto as mulheres, nem mais, nem menos. Há também inúmeros adjetivos positivos que poderiam descrevê-los e estenderiam as frases e muito mais as entrelinhas dotadas de sobriedade com pitadas de excitação.
Deseja-se que todos saibam fazer bom uso dos bons adjetivos que trazem consigo desde o nascimento. Se mulheres são comparadas a anjos, homens também podem ser, desde que saibam usar suas asas.
Deixo então felicitações e ressalvas. Se ontem foi seu dia, hoje também é. Será sempre!
Parabéns aos homens que me rodeiam, aos que farão parte da minha vida um dia e aos que de longe, sem ao menos imaginarem que existo, possam ser capazes de fazer feliz uma mulher!
Um doce e carinhoso cupcake a cada um!


Mudança não inclui valores


Frase para o final de semana:

"Abra os braços para as mudanças, mas não abra mão de seus valores."
(Dalai Lama)

13 julho 2011

Arte que não cabe em mim




Esta arte não cabe em mim...
Meu espaço infinito não contempla tais razões.
Não há explicação para desamor
Para a exclusão
Ou perfeita imperfeição do sentir superior.
Não me povoa arte da invasão
Nem corrupção!
Deixa-me longe se houver qualquer distorção.
A arte da cobiça
Inveja desmedida
Não me excita
Aquela conversa escondida
O impróprio deboche
Empurram-me para longe,
Deixam-me perdida!
O olhar de despeito
Total ou pouco desrespeito
Fazem-me inquieta
São arte que não me cabe
Arte sem artista
Com ausência de ser altruísta!
Adeus ao egoísta
E resta então
Evitar a arte que não me cabe
Sem despedida fazer partir
Esta arte que não cabe em mim...
(Jôze Paiva)


Eu nas palavras dela




"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes... tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
-E daí? Eu adoro voar!
Não me deem fórmulas certas porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre."

por Clarice Lispector



Um voto à compreensão



No curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
-Quantos rins nós temos?
-Quatro! - Responde o aluno.
-Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. - Ordena o professor a seu auxiliar.
-E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.
O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o "Barão de Itararé".
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
-O senhor me perguntou quantos rins nós temos. "Nós" temos quatro, dois meus e dois seus. "Nós" é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.

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Moral da história: A vida exige muito mais compreensão que conhecimento. Não adianta conhecer algo a fundo se não puder parar, ouvir as pessoas e, muito mais que isso, compreendê-las.




Amor de mãe



Há na vida muitas pessoas a nosso redor; algumas bondosas de coração, outras nem tanto assim; algumas otimistas quanto ao amanhã, outras não se importam em imaginar o que virá além do hoje.
Destas, já conheci inúmeras. Altas, baixas, sorridentes, sérias... Mas entre todas uma será sempre um marco em minha história, apenas uma será heroína de contos de fadas na vida real. E esta pessoa é você, mãezinha!
Guerreira por si e por todos nós, relicário do qual jamais esquecerei, flor mais suave que já vi, pessoa de fé, de luta e de amor principalmente pelo outro. Agradeço a Deus por ainda poder contemplar isso até hoje, agradeço por perceber que és especial e te tratar como tal.
Espero encontrar muitos verões ao teu lado para poder sair ao sol de braços dados como sempre fizemos, simplesmente jogando palavras ao vento ou mesmo caladas, em um silêncio que fala por nós.
Aroma de café pela manhã, barulho de costura à tarde, ruído de novelas à noite, sabor que só você dá à comida! Seja qual for a memória, estas ou tantas outras, estaremos sempre juntas, seremos sempre únicas, você e eu. E olha que agora multiplicamos o amor que se estende ao nosso pequeno príncipe!
Amo-te muito, amarei-te sempre...

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Amor de mãe
Maior que o tempo
Mais leve que o vento
Amor de mãe
É forte, sincero
E traz alento
Amor de mãe
Que traz vida
Esperança
Em cada criança
Amor de mãe
Mulher incomparável
Inabalável
Amor de mãe
Sem explicação
Apenas forte e duradoura
Eterna paixão!


11 julho 2011

Triste realidade






Sem saúde há risco
Risco de ficar de fora
Risco de ficar sem leito
Risco de perder a hora
Risco de nada ser feito.

(Leila Perci)

10 julho 2011

Sopro do além que sou eu




Quero soprar no além para sentir o reflexo em uma brisa qualquer que me acalente nos dias de verão...
Quero fazer desse sopro último suspiro de mim, para afagar teu ser nas manhãs primaveris...
Quero suspirar só mais uma vez se for para me converter nesta matéria incolor emanada e povoar o espaço que te rodeia...
Quero ser sempre matéria transparente que roça em ti sem ser vista, mas é sempre percebida pelo aroma do além que sou eu!
(Jôze Paiva)

E nasce o poeta


O poeta parte no eterno renovamento.
Mas seu destino é fugir sempre ao homem que ele traz em si.
(Vinicius de Moraes)


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Fuga não vista, não lida em livros, mas sentida na profundeza da alma e na ausência de sua presença nas noites frias ou quentes. Nas noites é que um poeta se revela, sente, cria e deixa de existir humano para existir poeta. Nascem palavras infindáveis, crescem entrelinhas, floresce a imaginação. Morre a pessoa normal para renascer no próximo amanhecer. Ao escurecer, quando todos dormem, o sonho do poeta é real, é acordado, sentido na chuva que não molha, mas escorre pela sua mente embriagada de idéias. À noite, foge a pessoa crua do dia para que ao longe comecem a surgir nos trilhos da escuridão as faíscas emoldurantes de porta que é, riscos das cores que a imaginação pintar, clarão dos olhos iluminados por letras e entreletras. À noite há renovação do ser que foge do homem ou mulher que traz em si para ser poeta sem saber.

09 julho 2011

Você pode salvar vidas

Quantas pessoas há neste instante em algum lugar do mundo necessitando de um pouco de sangue para ter sua vida salva?
Difícil responder a esta pergunta...
Não é preciso responder a este questionamento com exatidão numérica, não é completamente importante. Essencial é saber que cada um representa uma vida, um ser humano que como nós possui família, possui amigos, possui uma vida social e até sonhos.
São sonhos que podem ser desfeitos simplesmente pela ausência de um líquido vermelho que precisa ser específico para ser utilizado e por isso é imprescindível a variedade que só pode existir na quantidade ideal se eu me importar, se você fizer alguma coisa.
Não salva vidas somente quem trabalha vestindo branco e percorre diariamente os corredores de um hospital. Todos podem salvar vidas, independente da religião, do time para o qual torcem, da raça, da profissão. Precisam somente pensar e agir da forma adequada. Se é pouco o que se pode fazer, que este pouco se torne tudo pelo menos à vida de alguém.
É preciso, é urgente doar!

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Sangue
Que corre
Em mim latente
Em tantos
Se faz carente!
Sangue
Vermelho vivo
Se lança!
Para muitos
É esperança...
(Jôze Paiva)
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Podem doar sangue todas as pessoas que:

  • Estejam documentadas (com carteira de identidade ou outro documento equivalente);
  • Tenham boas condições de saúde;
  • Tenham entre 18 e 60 anos;
  • Pesem, no mínimo, 50 quilos;
  • Não tenham ingerido bebidas alcóolicas nas 24 horas que antecedem a doação;
  • Tenham dormido, pelo menos, seis horas nas últimas 24 horas;
  • Não sejam usuários de drogas;
  • Não tenham múltiplos parceiros;
  • Não tenham doença hematológica, cardíaca, renal, pulmonar, hepática, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal ou epilepsia;
  • Nunca tenham tido doenças de chagas ou malária;
  • Não tenham contraído sífilis, hepatite e não tenham tido contato com o inseto barbeiro.


Só com vocês


Dia bom por ser ainda de férias, apesar de uma pequena e ligeira vontade de retornar às aulas venha espreitar alguns dos meus minutos diários. Não demora muito e esta vontade me foge aos olhos novamente já que estas aulas me exigem trilhos opostos e distantes do que mais importa, a família.
Sol ininterrupto, calor e mais calor... Pude brincar bastante com o pequeno príncipe de casa e, aqui para nós, ele tem uma energia interminável. Foram doze horas elétricas e maravilhosas transcorridas entre nosso mundo real e o mundinho imaginário dele. Adoro isso! ..rs
Foi, como está sendo, tudo bem família. Faltou somente o maridão, mas este está perdoado porque precisou trabalhar hoje; caso contrário, teria que me convencer de perdoá-lo, coisa não muito fácil habitualmente. Cedo somente aos carinhos...
Estou lendo agora à noite (mãe e filho dormiram cedinho devido ao dia agitado) alguns conteúdos como forma de me atualizar e pensando no quanto os dias têm sido suaves, sem saudade, sem distância de todos aos quais tanto amo, sem lágrimas nos olhos; imaginando quando a rotina anterior tiver que ser recuperada, provavelmente lá pelo dia primeiro de agosto, querendo me esconder dos pesadelos que certamente terei noite após noite, nas noites que puder dormir, quando no os livros me deixarem escurecer o quarto ao pôr do sol.
Estudar é preciso, gosto do aprendizado. Sinto-me bem entre os livros de Medicina. O fato é que não posso ter tudo, não é possível conciliar a faculdade e a família pela distância que separa o lar da casa de improviso.
E justo comigo que sou tão apegada a lembranças e presente! Me encaixo aos meus como se fosse assim a maneira correta e me perco nos limites que deveriam me fazer capaz de determinar onde começo e onde termino, onde eles não são eu.
O único elo que mantém esta minha coragem de seguir pela empreitada à qual me propus é a certeza de que todos estão bem. Vivem sem mim, afinal. Eu é que não vivo bem sem eles! Sinto falta, então da parte de mim que não me pertence completamente.
Isto me impulsiona, pelo menos por enquanto, além da vontade de realizar este sonho por completo e retornar inteira de corpo, alma e coração. Veremos até quando! Verei...
Por enquanto, aproveitar o presente é o que posso fazer. E fazer de cada amanhã um novo presente para mim e para aqueles que me rodeiam. Se houver necessidade, será possível mudar os planos. Enquanto isso, sigo construindo o futuro!

Dia de hoje


O dia hoje pede vida
A ele eu dou partida
Parto para viver...
Absorta a meu ser!
Um só colorido
Tal qual balões sortidos?
Sol, pernas, brinquedo
Brinco de estar,
E ser...
Mas sou luz!
E vivo, brinco
No dia de hoje
Que pede vida!
(Jôze Paiva)

08 julho 2011

Crônicas do jaleco (1) - Dia de folga



Ela levantou-se atrasada. Pelo menos era o que diziam os ponteiros do seu relógio de cabeceira já tão gasto pelo tempo de uso prolongado; foram muitos despertares cronometrados até ali, alguns meio inconscientes do desligar do pequeno aparelho, outros de sobressalto que obrigavam a correr para o banheiro e deixar o despertador aos berros sozinho e ainda aqueles tranquilos, nos quais era permitido espreguiçar, virar para o lado e ficar na cama por mais cinco minutos sem que houvesse qualquer problema.

Hoje o dia deu direito aos cinco minutos, embora estivesse atrasada. Acredito que o motivo do atraso concedeu dez minutos inclusive ao invés de cinco. Era domingo, não havia plantão no hospital naquele dia, tratava-se de atraso para uma caminhada na pracinha próxima, coisa que não havia sido feita ha muito tempo.

Não poderia protelar mais. Precisava se dar conta que existia vida fora de casa e longe do hospital; precisava mais que tudo viver um pouco também para si, e assim decidiu levantar e deixar de inventar mentalmente desculpas para não sair.

Levantou-se, olhou-se no espelho e não gostou do que viu. Sua aparência era de pessoa cansada, mal dormida... A quem queria enganar? Tratava-se realmente de uma pessoa mal dormida e cansada. Lavou o rosto rapidamente, tomou banho, vestiu-se e saiu comendo uma fruta.

A roupa, própria para exercícios, não a deixava à vontade, talvez porque nos últimos dias tivesse trabalhado demais. Engraçado como as pessoas se adaptam rapidamente a algumas coisas e esquecem-se de outras.

Por isso ela estava ali andando. Não queria esquecer-se do quanto era inexplicavelmente maravilhosa a sensação da brisa matinal no rosto, sentia-se bem rodeada dos rostos que, embora fossem de conhecidos lhe eram familiares, eram corpos que como o dela gostavam do prazer de perceber a paisagem natural da praça enquanto se exercitavam e não das paredes de uma academia.

Permaneceu caminhando durante os sessenta minutos de costume e sentou-se em um banco próximo. Cansada? Não, mentalmente renovada, pronta para iniciar novamente a rotina das enfermarias e dos tantos pacientes aos quais devotava grande parte dos seus dias... Ao seu lado uma senhora, sentada, iniciou uma conversa:

_ Não sei por que os trazem aqui.

Ela estava tão absorta de qualquer coisa à sua volta que mal percebeu que era com ela. Mas não havia mais ninguém tão próximo a ponto de escutar com clareza aquela frase, então era com ela. Olhou para a senhora, uma idosa elegante, com um vestido leve, manga três quartos, florido, rosto sereno, direcionava sua visão para um determinado lugar próximo a uma fonte com águas esvoaçantes ao vento no centro da praça com alguns prédios ao fundo.

_Ah, os cachorros! Ela viu que só poderia se tratar disso e sorriu amavelmente para a senhora.

_Sim, eles trazem os cachorros para cá e nem ao menos limpam a sujeira que eles fazem. Não deviam trazer.

_A senhora vem sempre aqui? Não a via com frequência. Parecia carente de conversa, a frase não soava como reclamação e sim como socorro, como forma de sair da solidão.

_Sempre que posso, menina. Passei um tempo na casa da minha filha em outra cidade porque disseram que eu estava doente e não podia ficar aqui sozinha, mas estou de volta.

_Que bom que voltou. Vejo que gosta daqui.

_Não gosto das pessoas, só do lugar.

_Não gosta das pessoas?

_Já vivi muito, minha querida. Vi boas pessoas nascerem e crescerem, mas está cada dia mais difícil encontrar essas. Ninguém quer saber mais de ninguém, de nada. Só trabalho e um tal de computador...

Era verdade afinal. Quantos e quantos passavam todos os dias pelas ruas sem cumprimentar até mesmo os conhecidos porque estavam tão absortos em seus pensamentos que não enxergavam o que tinha à sua volta.

O mundo, de colorido a um preto e branco com cores difusas. Importante mesmo são as redes sociais, são as fotos a serem postadas, são as horas trabalhadas. Mas onde fica a qualidade de vida? Ela própria passava mais tempo dentro de um hospital e nem sequer fazia valer a pena a visita de muitos dos pacientes dos quais não sabia nome e opinião. E todos lá eram assim!

A conversa durou uns poucos minutos somente, mas serviu para algo de grande dimensão. A senhora foi embora logo; contudo, sua semente havia sido plantada e aquela garota faria nascer uma nova visão sobre a vida a partir daquele momento.

Se importaria mais. Mais com os outros, mais com amigos e desconhecidos e, principalmente, com as pessoas que necessitariam dos seus cuidados no hospital. E assim seria. Passaria a uma pessoa melhor, a começar por conhecer o nome de cada um dos pacientes destinados a ela. E semearia esta semente, a semente do respeito ao próximo.

(Jôze Paiva)

07 julho 2011

Só por uma noite




Só por uma noite vou gargalhar sozinha do tiquetaquear do relógio que quer me lembrar do horário a acordar, da hora de dormir. Vou ficar acordada, alucinada. Só por uma noite vou me deixar esquecer do hoje e pensar somente no que será de um dia chamado amanhã. Vou ficar a sonhar sem parar. Só por uma noite esquecerei que não esqueço de você apesar de não encontrar seu corpo quente ao lado do meu. Vou pensar e parar de pensar sem parar. Só por uma noite sairei pelas ruas molhadas da cidade sem medo de ter que voltar pelo medo de uma cidade que diz que é grande. Vou andar e parar, vou dançar. Só por uma noite vou abrir a porta da minha casa para esperar o nascer de um dia chuvoso. Vou escorrer e pingar. Só por uma noite vou dormir do lado avesso da cama esperando que você me desvire. Vou ficar e chamar. Só por uma noite vou lembrar de não fechar os olhos que tanto querem te esperar chegar. Vou sentar e respirar. Só por uma noite vou partir o espelho por inteiro para não ver meu lado sem você que aqui está. Vou suspirar devagar. Só por uma noite vou esperar a noite passar e o amanhã chegar para me trazer você. Coração não para de palpitar!
(Jôze Paiva)

Vai entender os adultos



_Não pise nisso aí!
_Por que?
_Minha mãe quando pisa chora.
_Ela chora? Por que?
_Não sei... E diz que o choro é diferente.
_Como assim diferente?
_Ela disse outro dia que chora de tristeza quando sobe aí e perde alguma coisa, mas não lembro o que é. E chora de felicidade quando ganha uma coisa que também não lembro o nome... E diz que a culpa é da Nut.., Nut...Ai, esqueci esse nome também!
_Chora de alegria quando perde e de tristeza quando ganha? Se eu perder um brinquedo, choro é de tristeza mesmo.
_Vai entender os adultos! Melhor ficar longe disso aí!

Olho e amo


Passando por aí vi alguém (Paula Martiins) fazer uma pergunta e não me contive à resposta. O coração quis falar. Então soltei-o às poucas palavras:

****
Como dizer que te amo?
****

É preciso não dizer
É preciso falar sem falar e sorrir
O olhar dirá!
Ele sempre diz!


06 julho 2011

Felicidade vai e volta














A felicidade passa como uma onda

Que leva a água embora e deixa as marcas na areia

A felicidade passa com o vento

Que segue seu caminho levando as nuvens e deixa frescor por um tempo

A felicidade passa após os sonho

Que termina a cada acordar e deixa lembranças e pensamentos

A felicidade fica

Sempre fica embora vá

Fica acordada em cada instante vivido

Florido

Fica enfeitada na flor do campo

Fica espreitando a vida

Decidida

Fica aguardando o momento de desabrochar

A felicidade sempre vai embora fique

Vai no carregada de emoção

No coração

Vai transbordando simpatia

Vai tímida por cada canto do caminho

Procurando um ninho

Vai tagarelando seu fervor

A felicidade sempre passa

Embora fique

A felicidade sempre fica

Embora vá


Felicidade vai e volta.


Jôze Paiva

05 julho 2011

Parece mágica, mas é Nutrição!

















Sou menina de Nutrição, também de jaleco! E quantas meninas e meninos de Nutrição há por aí nesse mundo afora?
Não preciso de resposta a esta pergunta, necessito apenas saber que há milhões de pessoas sendo tratadas por estas crianças grandes desabrochando para uma profissão que de tão maravilhosa faz do alimento o próprio remédio. Ou se não utiliza-o como remédio, é capaz de prevenir através dele o uso como tal e do próprio remédio tão temido às vezes.
Mundo de cores e sabores...
Ah Nutrição, brilho próprio e de propriedades, palavras e gestos...
Mil ou mais histórias de superação. Peso perdido, quilos adquiridos...
Apesar de estudante de Medicina, serei sempre Nutricionista. Quando se descobre os encantos dos alimentos não é possível deixá-los em paz novamente. Ao que parece, ficamos sempre cutucando um e outro em busca de mais informações que são valiosas aos nossos pacientes, amigos e familiares. E cutucamos também pessoas, tentando incansavelmente transmitir aquele conhecimento que, embora dotado de tanta popularidade, só nós Nutricionistas conhecemos a fundo.
Está justamente aí a necessidade de ter um Nutricionista para orientar na alimentação diária da família. Por mais que todos compreendam efeitos e contra efeitos gerais, há ainda peculiaridades e individualidades em cada cor, em cada aroma, em cada sabor...
E nós orientamos com prazer!
Acho que só deixei a Nutrição "descansando" - digo descansando porque não desisti dela, só não faço consultas com tanta frequência hoje, mas meus pacientes terão direito a mais este carinho - por que já queria fazer Medicina desde a infância, desde a época em que as bonecas estavam sempre doentes para serem minhas pacientes rotineiras e hipocondríacas.
Caso contrário, não conseguiria deixar de percorrer os corredores dos hospitais com o mapa da dieta de cada paciente em mãos, não poderia deixar de ser responsável pelo alimento que seria fornecido a eles e muito menos deixaria de recebê-los no consultório para prescrição e orientações individualizadas que sempre traziam retorno positivo. O mais positivo deles era o sorriso no rosto de quem via seus exames normalizarem sem precisar de medicamentos ou pelo menos alcançarem um valor próximo disso, o que possibilitava redução de doses a serem ingeridas.
Costumo dizer que Nutrição para mim é paixão e Medicina é amor.
Amo a arte médica e suas estratégias de ataque se comparada a um time de futebol.
Sou apaixonada pela Nutrição que atua no meio campo também de forma estratégica.
Continuo então atuando em Nutrição nas horas vagas enquanto prescritora de cardápios individualizados e enquanto palestrante. Sou apaixonada por palestras, acredito que palavras escutadas podem modificar pontos de vista e atitudes, embora não todas.
Grande importância tem isso na Nutrição. Uma palavra, um olhar, um gesto, capazes de transformar hábitos alimentares. Jaleco especial o dos Nutricionistas então.
Colorido ou não, com ou sem frutas, pode vestir o profissional que consegue evitar através dos seu conhecimento sobre os alimentos que uma pessoa chegue a adoecer, pode auxiliar na sua recuperação e ainda pode fazer a alegria de uma criança que descobre um belo dia no consultório que é possível ser saudável comendo coisas gostosas.
A mágica é principalmente esta: levar à vida das pessoas saúde com sabor! Feliz de quem sabe fazer essa mágica acontecer... Mais feliz ainda de quem procura orientar-se com um Nutricionista e faz da mágica uma rotina por todos os dias da sua vida!

04 julho 2011

Carência de olhar


















Os olhos de uma criança
Emanam esperança
Querem segurança!
Mas no seu brilho
Pode haver dor...
Falta de cor?
Não, pode ser doença
Que carece cuidados
Ou precisam
Só de amor...
Chega um palhaço doutor
Com brincadeira
Sem eira nem beira
E lá se foi a dor!
Que com ou sem remédio
Trazia tédio
E hoje é passado...
Que passa nos trilhos
Na rua, ladrilhos?
Onde brinca e sorri
Criança feliz
Que lembra e diz com amor
Obrigada doutor!
E doutora vem cá
Um abraço quero dar!

Jôze Paiva

03 julho 2011

Momento de descontração







Há realmente diferenças práticas entre cérebro masculino e feminino? Reflexão... Descontração...

02 julho 2011

Alzheimer, eu sem mim



SOBRE ALZHEIMER: A doença de Alzheimer instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como conseqüência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o arrazoamento, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato. Estudos publicados na década de 1980 mostraram que a proteína que se acumula dentro dos neurônios (tau) dos doentes com Alzheimer, é diferente da que se acumula nos espaços existentes entre eles (beta-amilóide). A proteína beta-amilóide se deposita em placas que causam destruição de neurônios por criar processo inflamatório crônico nas regiões afetadas, interferir com a regulação de cálcio, essencial para a condução dos estímulos nervosos, e aumentar a produção de radicais livres, tóxicos para as células nervosas.

SIGNIFICADO DO TERMO DOENÇA DA ALMA: - ‘Psique' - conceito grego de "si-mesmo", abrangendo idéias modernas de alma, ego e mente. A expressão ‘psique' era usada como sinônimo de VIDA, tendo como sinônimo "ALMA". Essa "alma" abrange todos os pensamentos, tantos os conscientes como os inconscientes. A doença de Alzheimer descaracteriza a pessoa. Despersonifica o ser humano. Tira-lhe todo o conjunto de normas e conceitos éticos adquiridos ao longo de sua existência. Mudam a personalidade de forma assustadora.

SIGNIFICADO DE DEMÊNCIA: Enquanto na linguagem popular a palavra demência tem a conotação de loucura, em medicina é usada com o significado de declínio adquirido, persistente, em múltiplos domínios das funções cognitivas e não cognitivas. O declínio das funções cognitivas é caracterizado pela dificuldade progressiva em reter memórias recentes, adquirir novos conhecimentos, fazer cálculos numéricos e julgamentos de valor, manter-se alerta, expressar-se na linguagem adequada, manter a motivação e outras capacidades superiores. Perder funções não cognitivas significa apresentar distúrbios de comportamento que vão da apatia ao isolamento e à agressividade. Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade.

MANIFESTAÇÕES NEUROPSIQUIÁTRICAS A SEREM OBSERVADAS: Falta de memória para acontecimentos recentes; Repetição da mesma pergunta várias vezes; Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas; Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos; Dificuldade para encontrar palavras que exprimam idéias ou sentimentos pessoais; Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

QUANDO RECONHECER OU NÃO OS SINTOMAS: Os sintomas às vezes compõem um "conjunto de atitudes" do comportamento, sinais que passam despercebidos diariamente. As pessoas se detêm apenas ao fato da perda da memória quando alguém não consegue lembrar uma data, o nome do sobrinho ou seu próprio telefone. E enquanto ele, o doente, puder lhe enganar usando de estratégias para que você não perceba essa falha na memória, muita coisa já aconteceu. Dá desculpas que não fez algo ou não foi ao trabalho ou não pagou o que devia porque não teve tempo. Vestiu a mesma roupa suja há três dias seguidos, às vezes descosturada ou rasgada e diz que não encontrou outra melhor, estava com pressa. Tem sempre desculpas. E você não percebe essa negligência da parte dele com as tarefas do dia-a-dia. Só quando realmente ele fizer coisas que chamem muita atenção! E esses "sinais" podem levar anos.

PREVALÊNCIA NA POPULAÇÃO: Calcula-se que de 10% a 15% das que atingem 65 anos já apresentem sinais da enfermidade. Daí em diante, a prevalência cresce 3% ao ano, até atingir quase 50% das que chegam aos 85 anos. Estima-se que, no mundo, haverá 22 milhões de portadores desse mal em 2025. Certas famílias apresentam prevalência mais alta da doença de Alzheimer, mas podem surgir casos esporádicos da doença em famílias que nunca os apresentaram. Cerca de 10% a 60% dos pacientes com histórico familiar da doença apresentam instalação precoce e evolução rápida dos sintomas. Neles, foram descritas mutações de genes presentes nos cromossomos 1 e 14. Nas formas de Alzheimer que se instalam mais tardiamente, parece estarem envolvidos outros genes, ligados à apolipoproteína E, envolvida no transporte de colesterol e na reparação de defeitos celulares.



EVOLUÇÃO DA DOENÇA: A doença de Alzheimer costuma evoluir de forma lenta e inexorável. A partir do diagnóstico, a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios: Estágio 1 (forma inicial): Alterações na memória, personalidade e nas habilidades visuais e espaciais; Estágio 2 (forma moderada): Dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia; Estágio 3 (forma grave): Resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva; Estágio 4 (terminal): Restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

QUADRO ANATOMO-PATOLÓGICO: Os doentes apresentam cérebros atrofiados de forma difusa, mas não uniforme; as áreas mais atrofiadas são principalmente as que coordenam atividades intelectuais.
Ao microscópio notam-se perda de neurônios e degeneração das sinapses. Duas alterações patológicas dominam o quadro: as placas senis e os emaranhados neurofibrilares. Placas senis são formadas pelo depósito de uma proteína (beta-amilóide), no espaço existente entre os neurônios. Já, os emanharados neurofibrilares são formados por uma proteína (tau) que se deposita no interior dos neurônios. As alterações cerebrais precedem as manifestações clínicas por 20 a 40 anos.

QUADRO CLÍNICO: A doença se instala de forma insidiosa, com queixas de dificuldade de memorização e desinteresse pelos acontecimentos diários, sintomas geralmente menosprezados pelo paciente e familiares. Inicialmente é comprometida a memória de trabalho, memória de curta duração que nos permite exercer a rotina diária. Os pacientes esquecem onde deixaram as chaves do carro, a carteira, o talão de cheques, o nome de um conhecido. Com o tempo, a pessoa larga as tarefas pela metade, esquece o que foi fazer no quarto, deixa o fogão aceso, abre o chuveiro e sai do banheiro, perde-se no caminho de volta para casa. Caracteristicamente, esses “esquecimentos” se agravam quando o paciente é obrigado a executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo. A perda de memória é progressiva e obedece a um gradiente temporal, segundo o qual a incapacidade para lembrar fatos recentes, contrasta com a facilidade para recordar o passado. As primeiras habilidades perdidas são as mais complexas: manejo das finanças, planejamento de viagens, preparo de refeições. A capacidade de executar atividades mais básicas como vestir-se, cuidar da higiene ou alimentar-se, é perdida mais tardiamente.
Com o tempo a dificuldade de aprendizado se acentua. Quando colocamos o paciente diante de uma lista de palavras e pedimos que as evoque ao terminar de memorizá-las, o desempenho é medíocre. A linguagem, comprometida discretamente no início do quadro, torna-se vazia, desprovida de significado, embora a fluência possa ser mantida. A orientação espaço-visual se deteriora, criando dificuldade de orientação e de reconhecimento de lugares anteriormente bem conhecidos.
O quadro degenerativo se estende às funções motoras. Andar, subir escadas, vestir-se, executar um gesto sob comando, tornam-se atividades de execução cada vez mais problemática.
A percepção das próprias deficiências, preservada no início, fica gradualmente comprometida. Na fase avançada, mutismo, desorientação espacial, incapacidade de reconhecer faces, de controlar esfíncteres, de realizar as tarefas de rotina, pela alteração do ciclo sono/vigília e pela dependência total de terceiros são sintomas característicos da doença Dos primeiros sintomas ao óbito a sobrevida média é de 6 a 9 anos.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: O processo degenerativo na doença de Alzheimer leva à deficiência de diversos neurotransmissores, moléculas que atuam na condução dos estímulos nervosos transmitidos de um neurônio para outro. Hoje, procuramos corrigir esse déficit com dois grupos de drogas: os inibidores das colinesterases e os antagonistas dos receptores de glutamato.
A acetilcolina é um neurotransmissor importante nos mecanismos de memória e aprendizagem. Na doença de Alzheimer, como conseqüência da degeneração dos neurônios, ocorre redução da atividade da acetilcolina por ação de enzimas que a degradam. Essa perda de atividade está associada ao declínio cognitivo. Embora várias drogas estejam sendo testadas, atualmente, o tratamento mais eficaz se baseia na utilização das que inibem a ação enzimática responsável pela degradação da acetilcolina (inibidores da acetilcolinesterase). Esses medicamentos têm eficácia documentada, e estão indicados no tratamento das formas leve ou moderada, com a finalidade de ajudar os pacientes a manter a habilidade de executar as atividades de rotina por mais tempo e de preservar a capacidade de relacionar-se com os familiares e amigos.

RESPOSTA AO TRATAMENTO: A doença é incurável. O objetivo da terapêutica é retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces. Numa doença que progride inexoravelmente, nem sempre é fácil avaliar resultados. Por essa razão, é fundamental que os familiares utilizem um diário para anotar a evolução dos sintomas. A memória está melhor? Os afazeres diários são cumpridos com mais facilidade? O quadro está estável? O declínio ocorre de forma mais lenta do que antes da medicação? Sem essas anotações fica impossível avaliar a eficácia do tratamento.

EFEITOS COLATERAIS: As drogas pertencentes ao grupo dos anticolinesterásicos podem provocar sintomas gastrointestinais, circulatórios e alterações relacionadas com o sistema nervoso central. Na maioria das vezes, esses efeitos indesejáveis são passageiros, de curta duração e podem ser controlados ou desaparecer quando o médico reajusta as doses. Em caso de toxicidade, entre em contato com seu médico. Não suspenda o tratamento por conta própria.
DURAÇÃO DO TRATAMENTO: Uma vez iniciado, o tratamento precisa ser reavaliado pelo médico ao completar um mês, mas deve ser mantido obrigatoriamente por um período mínimo de 3 a 6 meses, para que se possa ter idéia da eficácia. Enquanto a resposta for favorável, o medicamento não deve ser suspenso.

MITOS SOBRE ALZHEIMER: O maior deles é, Alzheimer = a perda de memória. Algumas pessoas preocupam-se em ter Alzheimer só pelo fato de esquecerem certas coisas. Para a confirmação da doença é necessário muita pesquisa, uma rigorosa avaliação do paciente, que deve ser feita por um especialista no assunto e esta confirmação é feita pelo descarte de outras doenças já que a única forma de chegar a um diagnóstico conclusivo seria através de biópsia do tecido cerebral que não é realizada pelos riscos implicados. E somente a exclusão de determinadas doenças que apresentem os mesmos sintomas - falta de memória, agressividade, depressão, agitação -, que podem ser facilmente confundidas com esquizofrenia, deficiências vitamínicas, câncer, diabetes, problemas na tireóide, infecções urinárias, sífilis crônica, meningite etc., poderá fornecer um "provável" diagnóstico positivo.
Mas é preciso prestar atenção no conjunto de atitudes. Não se apegar somente a falta de memória. Perda de memória rápida é comum em casos de estresse diário. Nada que uma boa noite de sono não cure.

MUDANÇAS IMPORTANTES: A casa, a mobília e os costumes das pessoas mudam conforme os acontecimentos da vida. “A chegada de um bebê, por exemplo, transforma a rotina da casa e a decoração, além de exigir muita atenção. Com os idosos, não é diferente. Eles precisam de condições especiais para que vivam com conforto e segurança”. Esses cuidados aumentam quando o idoso é portador da doença de Alzheimer (DA), uma doença degenerativa e progressiva que atinge o cérebro e resultando, inicialmente, na perda da memória. No estágio mais grave, a doença pode comprometer totalmente o paciente e levá-lo à morte. Deve haver proteção em escadas e janelas, tapetes e cortinas devem ser retirados para evitar quedas e tornar o ambiente mais arejado e claro, retirar espelho se a pessoa chegou a uma fase em que se confunde com o reflexo devido a perda de referência pessoal, ficar sempre atento a itens de risco na cozinha como facas, garfos, botijão de gás, dentre outras atitudes.

“ACIMA DE TUDO RESPEITAR A PESSOA PORTADORA DE ALZHEIMER QUE, MESMO NÃO SE RECONHECENDO ENQUANTO PESSOA, É UM SER HUMANO DIGNO DE BOAS ATITUDES.”