18 fevereiro 2012

Um porre arco-ires



Gummy bears e vodka por favor.
Juntos. Misturados... Absorvidos!
E quero muito!
Quero porre e arco-ires,
Cores embriagadas,
Histórias não contadas...
Torpor com vigor, sem dor!
Chocolate com whisky por favor.
Ambos quentes... Efervescentes!
Quero prazer ao embriagar,
Doce sensação de inocente pecado,
Quero amor sensato...
Loucura insana nessa futura saudade profana!
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Quero estar feliz hoje amanhã e sempre; agradecer ao invés de reclamar; calar sem precisar chorar. Preciso de um fim-de-férias tranquilo, cálido. Desses que acontecem devagar e absorvem o turbilhão de sensações que podem fazer parar e para trás olhar. Vou-me de casa vendo a vida passar pelo vidro; transparência sobre rodas, entre asas... Aperto no peito, angústia afogada nas lágrimas que não podem se deixar escorrer. Sem emoção dessa vez. Apenas um porre pelos dias difíceis vividos durante as férias e em homenagem às boas e vindouras horas. Certeza, tenho apenas sobre esperança. Foco no objetivo e migalhas de pão pelo caminho.

11 fevereiro 2012

Apertando o botão da emoção



Sempre bom deixar a emoção surgir, com toda a força que possui, cheia de motivos, mesmo que os piores ou mais ínfimos ou bobos. Surgindo, ela cria corpo frente à dor que causa e logo abranda para deixar doer em um outro dia apenas. Se presa, enclausurada em um coração oprimido, jamais deixa de acompanhar e cresce desmedidamente. Então, assista quantos filmes precisar se for necessário, aqueles que fazem lágrimas surgirem à força e desmedidas... E chore... Soluce... Faça isso sem sentir-se um ser humano fraco. Ao contrário, somente fortes colocam-se frente-a-frente com aquilo que pode ser desolador e até assustador. Adormeça com esse sentimento molhado para que seja novamente você em um outro amanhecer, em uma nova oportunidade. E mais colorida a cada lição.
Ligando agora o meu filme triste, apertando o botão da emoção...

08 fevereiro 2012

Só eu e um tal submarino amarelo



Nunca fiz balé... Não sou de flores ou corações, sou sim de amores e calores. Sou um "eu" atrevido, só meio vivido e que não se deixa levar, embora carregado de emoções.
Quero da vida o que ela me trouxer, mas exijo que seja inteiro e cheio de verdade. Tenho em troca a paixão por viver aprendendo, por crescer em um minuto ou diminuir ruborizada em segundos.
Ter? Não tenho. Apenas sou, pois o que tenho nem meu é se em breve, um breve distante espero, irei sem levar. Sairei sem volta para algum lugar qualquer para quem sabe um dia retornar...
Viajo não em nuvens, mas nas razões, nos pensamentos, nas decisões e atitudes. Viajo não em balões, mas em um submarino amarelo que atravessa oceanos de saudade e encontros em busca de algo a ser revelado.
Eu sou, quero, faço, tenho, viajo... Simplesmente existo na inexistência já que se considerada a população total, mínimos são os que me conhecem. Mínimos em quantidade, que fique claro, pois sua qualidade é inestimável, tanto em termos de amigos, quanto de amores e família, seres de vida e morte.
Mais que isso faz-se desnecessário. Mais que isso eu não quero, não preciso...
Somente eu e um tal submarino amarelo transcorrendo a vida nesses mares de problemas não solucionados e soluções desenlaçadas que, enfim, compõem meu oceano-chá particular que aos poucos torna-se público... ou não.

01 fevereiro 2012

Eu de mim...



Eu de mim, sou espaço preenchido de querer
Sou enlace desenvolto de você
E até cumprimento descumprido do viver...

Eu de mim, sou pupila desconexa no olhar
Sou vidraça construída num piscar, sem trincar
E até volta solta desenvolta a rolar...

Eu de mim, sou balanço ressentido de sentir
Sou palpite não falado num porvir
E até linguagem solta sempre posta a refletir...

Eu de mim, sou névoa inundada de torpor
Sou inverno posto em chamas e calor
E até sou sangue que percorre com fervor...

Eu de mim, sou eu e tu, sou nós, sou vós...
Mas eles não sou. Eles sim são eu, eu de mim!

(por PAIVA, J.)