29 dezembro 2011

Feliz livro novo!



Quando 2011 começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
Você podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco, e nele você podia colocar um poema, um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração.

Podia...
Hoje não pode mais; já não é seu.
É um livro já escrito...
Concluído.

Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe será lido, com todos os detalhes, e você não poderá corrigi-lo.
Estará fora de seu alcance.

Portanto, antes que 2011 termine, reflita, tome seu velho livro e o folheie com cuidado.
Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência; faça o exercício de ler a você mesmo.

Leia tudo...

Aprecie aquelas páginas de sua vida em que você usou seu melhor estilo. Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.
Não, não tente arrancá-las.
Seria inútil.
Já estão escritas.

Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que lhe será entregue. Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.
Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superfície do seu mundo.

Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije-o.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir, coloque-o nas mãos do Criador.
Não importa como esteja...
Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras:

Obrigada e Perdão

E, quando 2012 chegar, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco todo seu, no qual você irá escrever o que desejar..

Feliz Livro Novo...

24 dezembro 2011

Neste Natal, apenas IMAGINE



Imagine...

Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que lutar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
você se juntará a nós
E o mundo será como um só

Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de humana
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo viverá como um só

(por John Lennon)

21 dezembro 2011

Alguém poderia evitar



Texto para refletir:

Eu fui para uma festa e me lembrei do que você me disse. Você me pediu para não beber álcool. Então, eu bebi refrigerante. Senti orgulho de mim mesma, como você disse que sente.
Você me disse que não se deve beber e dirigir, ao contrário do que alguns amigos me disseram. Fiz uma escolha saudável e seu conselho foi correto,como tudo que você me dá sempre.
Quando a festa finalmente acabou, as pessoas começaram a dirigir sem poder fazê-lo. Fui para o meu carro com a certeza de que iria voltar para casa em paz.
Nunca imaginei o que me esperava. Agora estou deitada na rua e ouvi o policial dizer: "O rapaz que causou este acidente estava bêbado".
Mãe, sua voz parece tão distante. Meu sangue é derramado em toda parte eu estou tentando com todas as minhas forças não pode lamentar.
Eu posso ouvir. Os médicos dizem: "A garota vai morrer". Tenho a certeza de que o jovem, que dirigia a toda velocidade, decidiu beber e dirigir, e agora eu tenho que morrer.
Por que as pessoas fazem isso, mãe, mesmo sabendo que isto pode arruinar muitas vidas, as suas e as de outros? A dor está me cortando como se fosse uma centena de facas.
Diga a minha irmã para não chorar, diz ao papai pra ser forte. E quando eu for para o céu, eu vou estar assistindo todos vocês.
Alguém deveria ter dito àquele garoto: “É errado beber e dirigir”.
Talvez, se seus pais tivessem dito, eu não estaria morrendo agora.
Minha respiração está ficando mais fraca, mais e mais. Mãe, estes são os meus últimos momentos e me sinto tão desesperada...
Eu gostaria de poder te abraçar, enquanto eu estou morrendo aqui. Eu gostaria de poder dizer o quanto eu te amo, MÃE. Então ...
Eu te amo... e. ..adeus ... "

(por Jornalista desconhecido)
(Estas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A menina, como ela morreu. Ela estava dizendo essas palavras, e o repórter escreveu ... muito sobrecarregado.

18 dezembro 2011

De volta à vida!



Uma vida em poucas horas. Foi assim nesta volta para casa. Regressei ao lar com lembranças das quais sentia muita falta. Barulho de rodas de carro saindo e chegando da garagem, denunciando chegada e partida de uma pessoa querida, cheiro de café passado na hora (café que não ingiro em dias isentos de provas e que mesmo assim faz parte do que os meus são), sabor de bolo de abacaxi e frutas frescas pela manhã e, principalmente, sensação de aconchego entre braços menores que os meus e muito mais importantes, braços de criança.
Contei cada minuto transcorrido e todos os sessenta segundos que tiquetaquearam incansáveis nos minutos que compuseram as horas de viagem tornaram-se povoados de histórias clássicas.
Lembrei-me até do dia em que decidi ser Médica, aos 4 anos de idade. Eu, uma boneca, algumas doenças inventadas, mal interpretadas e decisivas na escolha de quem já na primeira infância sabia o que faria na vida, embora sem conhecimento do tempo e espaço em que aconteceria.
E as horas passavam... E as lembranças vinham... E a saudade apertava à medida que aumentava a proximidade e reduzia consequentemente a distância que tanto abalou mente e emoções no período letivo findado.
Nem o peso das malas foi perceptível visto que os quilos transportados de amor contido eram tamanhos!
Após tempo, espera e viagens no tempo, pude chegar e perceber que a escolha, embora saudosa, é realmente esta. Todos aguardavam com seu melhor abraço, com o maior sorriso, fazendo-me perceber o quanto eu deveria apostar na força necessária para me manter estudando em uma terra distante, não minha, sozinha.
Não contive as lágrimas; contudo, desta vez, era líquido doce, de contentamento, de reencontro. Deixei percorrer meu rosto o doce amor que sinto por cada um e pela escolha que me encontrou um dia e não me permitiu desistir do que hoje continua sonho, visto que a minha realidade se passa em casa, entre muros baianos.
Peço encarecidamente desculpas pelo desabafo de sentimentos. Após um post vazio de férias no qual não pude escrever por estar dedicando todo o tempo do mundo a amar e amar, sentia que devia uma satisfação aos leitores que mesmo à distância e sem posts acompanham as minhas letras e àqueles que escrevem e acabam propositalmente ou não por incentivar a bela e difícil jornada pré-médica nos momentos em que mais necessito de aconchego.
Aos que, além dos livros me fazem companhia em instantes de solidão, obrigada!
De volta à vida, farei-me mais presente nos dias que seguem.

12 dezembro 2011

QUERIDO PAPAI NOEL,



Não havia percebido o quanto estamos próximos ao Natal! Este ano, como tantos outros, passou rápido o suficiente para me fazer perder nos meses que seguiam a mesma rotina anual e, finalmente, foi possível alcançar o dezembro de férias.
Poderia ignorar-te frente a tudo o que tentaram me fazer deixar de acreditar ao longo dos anos, poderia até discutir com quem não crê e vencer ao final, mas não tenho qualquer interesse em fazer com que concordem comigo na crença ou descrença relacionada ao velhinho barbudo que viaja em um trenó e desce chaminés.
Apenas penso em conversar com o ser não-ser que povoou e faz parte ainda da infância de muitos. Conversa sincera de agradecimentos sinceros e suaves pedidos, palavras minhas para ti, letras casadas e lançadas ao sul, pólo em que dizem que há sua fábrica de sonhos construída.
Tive muitos Natais, datas sempre comemoradas em família, dias regados a presentes e alguma comida, mas não é a isso que agradeço, pois sei o quanto inúmeras pessoas transcorrem a mesma data sem que haja alteração da sua rotina por não possuírem dinheiro suficiente para tal ou mesmo por não terem uma família com quem compartilhar sorrisos.
Agradeço por ter conseguido a cada Natal amadurecer um pouco mais e preocupar-me com quem me rodeia, agradeço por não deixar perder a esperança no meio do caminho e por buscar por sonhos a serem conquistados por mim e até por desconhecidos que meu caminho cruzam.
Sou grata também pela capacidade adquirida de enxergar às possibilidades presentes no horizonte da vida, embora estas apareçam sob névoa às vezes e também por haver em diferentes locais do planeta pessoas que se importam com o próximo e, como um beija-flor, fazem sua parte levando alegria à casa dos que não possuem tantas provisões.
E como humana que sou, não poderia encerrar esta singela cartinha sem fazer alguns pedidos. Solicito ao Noel, papai do Natal, que faça o possível para visitar sempre mais casas, principalmente aquelas carentes de carinho nas quais as crianças são tratadas como adultos antes de possuírem idade suficiente para isso. Poder ser criança e encontrar entretenimento entre a infinidade do quintal faz aparecer um algo especial ao olhar de quem quer apenas acreditar e sorrir, correr e brincar.
Não são presentes materiais os relevantes, apesar destes fazerem surgir sorrisos nos lábios dos menores. O que importa é a fé de continuar sempre na luta diária que pode ser tênue ou árdua, a motivação guardada no coração e pronta a ser utilizada em momentos cruciais nos quais pode haver desistência da busca por realizações e a capacidade não se deixar abater por obstáculos que posam surgir. Isso eu peço para todos, sem distinção de classe social, raça, religião ou mesmo de grau de afeição.
Desejo amenidades e até milagres aos povoadores de leitos hospitalares e ainda afeição por parte do corpo clínico que, embora pense ser responsável apenas pela cura farmacológica, é também dotado re responsabilidades sociais e emocionais para com seus pacientes. Cumprimentos sinceros e esclarecimentos são também presentes!
Para mim, enquanto pessoa, somente desejo que me faça acreditar no brilho das escolhas feitas sem recuar ante as dificuldades. Desejo acima de tudo escutar dia após dia o som da felicidade emanado por uma criança com cachinhos barrocos, olhos amendoados e sangue que também é meu.
Espero, Papai Noel, que possa ler isso entre as estrelas que separam a realidade da brincadeira natalina. São palavras escritas e lançadas não ao vento, mas a uma rede que funciona como se fosse brisa e, como tal, é capaz de transmitir a mensagem imaginada. Não é necessário certeza sobre sua existência, na verdade nem é preciso pensar a esse respeito. Essencial somente é trazer à tona a bondade que há em algum lugar nos seres humanos, se não nos outros meses do ano, em dezembro.
Que a internet, com suas renas e sacos mágicos, possa de alguma forma ser o Papai Noel de alguém. Que as chaminés sempre abertas recebam sempre o que há de melhor: carinho, atenção, esperança, sonhos, possibilidades, amizade. E que o Papai Noel de vestes vermelhas e botas negras não deixe de existir no coração dos pequenos que ainda precisam ter esperança na vida já que são o futuro que poderíamos gostar de ter e no coração também dos grandes que precisam de alguma forma contribuir para que isso aconteça. Que a cada dia transcorrido mais luzes se acendam e pisquem sem parar!

Despeço-me apenas com um até breve, de uma amiga que desacreditando acredita em alguma magia natalina.