30 abril 2011

Suporte básico de vida




A ressuscitação cardio-pulmonar (RCP) é uma manobra que pode salvar vidas. É muito utilizada em emergências que envolvem parada cardiorrespiratória por afogamento e/ou outras situações em que a pessoa esteja sem pulsação.
Idealmente, a ressuscitação cardio-pulmonar (RCP) envolve dois componentes: compressões torácicas combinadas com respiração boca a boca e o que faz a diferença em relação à efetividade do que será feito é o conhecimento da técnica a ser empregada.
Acabei de finalizar um curso básico de suporte que envolve tanto RCP quanto outras técnicas de salvamento em outras circunstâncias... O fato que o aspecto que me trouxe à publicação deste tema não foi a palestra muito bem abordada do Fisioterapeuta especialista em resgate e estudante de Medicina Paulo Pepulim, e sim o fato de ter saído de lá me perguntando o motivo de no Brasil assuntos tão relevantes à vida das pessoas não serem abordados.
E são assuntos que fazem a diferença!
Nas ruas de qualquer cidade, seja ela um grande centro urbano ou um município do interior com pouquíssimos habitantes, podem ocorrer casos de parada cardiorrespiratória (PCR) e cada instante de ação ou porque não dizer de falta de ação é sagrado para quem precisa de socorro...
Sei que sou estudante de Medicina, Nutricionista, tenho obrigação de saber as técnicas adequadas; contudo, o que não se difunde não mídia ou em qualquer outro meio de comunicação é que não só quem atua na área da saúde deveria reconhecer esta obrigação.
Há cursos específicos para leigos, para pessoas que não atuam e não pretendem atuar na saúde, mas que podem atuar no salvamento de uma pessoa que ao seu lado sofra uma parada.
Se eu passasse por um mal súbito desses na rua, se fosse um familiar meu ou mesmo você, leitor do blog, certamente iríamos querer ao nosso lado alguém que soubesse desenvolver os passos da RCP de forma coerente.
Na América do Norte, na Europa e por aí vai, são frequentes os treinamentos a civis não atuantes na saúde para o salvamento de vidas na rua ou em qualquer outro lugar sem que sua própria vida seja colocada em risco, o que proporciona à vítima de parada cardiorrespiratória maior chance de sobrevida.
Imaginem, por exemplo, se cada jogador de futebol tivesse feito um curso de suporte básico de vida para leigos no dia que o jogador Serginho sofreu uma parada em campo: não se pode afirmar ao certo que hoje ele estaria vivo, mas pode-se dizer que certamente a porcentagem de chance seria muito melhor do que a que ele teve com o atendimento que foi prestado.
Este é um entre inúmeros exemplos possíveis e foi citado apenas por se tratar de uma pessoa pública, o que facilita correlação, mas poderia ser qualquer outro exemplo. Ressalta-se ainda que cerca de 75% das paradas cardíacas acontece nas casas das pessoas...
É possível e essencial que aconteça uma difusão de conhecimento a esse respeito no Brasil. Alguém precisa se preocupar com isso. Alguém precisa informar às pessoas que elas podem sim fazer a diferença enquanto o resgate chega.
Logicamente é preciso ter técnica para que os resultados sejam proveitosos e a existência de vários cursos na área facilitam o disseminar da técnica, quando estes cursos são procurados.
Não pensem que esta postagem é uma repreensão porque não é. É um alerta das possibilidades que às vezes escapam. Não deixe a possibilidade de um indivíduo ou de sua família escapar por entre seus dedos pelo simples fato de não ter se interessado na forma pela qual poderia fazer a diferença. Há cursos na área de RCP, um bom local para buscar indicação é o corpo de bombeiros da cidade onde reside ou do município próximo.

Eu quero fazer a diferença à vida de uma pessoa. Você também pode! Só precisa saber que pode e querer fazer uso deste poder!

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